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Hora de Tiburi pagar o preço ao lado de seus familiares

13 de março de 2019

Não basta ser perseguida. Não basta ser ameaçada de morte. Não basta ser obrigada a sair do País para proteger a si e à sua família. Não basta ser policiada, criticada, xingada, humilhada e destratada pelas redes sociais. Para completar o cenário, tem que ser também assediada e caluniada. Mas não só a si, mas também, e principalmente, os seus familiares.

Depois que, de forma espontânea, Marcia Tiburi revelou o possível pouso do exílio, a França, sobraram esporas para o seu companheiro, o juiz Rubens Casara, do Rio de Janeiro. Autor de vários livros, entre eles, “Sociedade sem Lei” a mais acessível exposição da realidade brasileira desde que a Constituição vem sendo rasgada, diariamente. Em seu livro anterior “Estado Pós-Democrático”, o juiz sustenta que o Sistema de Justiça Criminal tornou-se palco privilegiado de luta política. Na pauta, um um estudo detalhado e visceral sobre a atuação parcial e ideologizada dos atores que decidem os limites do Estado, ou seja, o Judiciário. Casara é, estruturalmente, um estudioso da legislação brasileira e, por este motivo, constantemente perseguido por seus pares.

Seria natural que ele fosse solidário ao estado temerário da sua esposa, Marcia Tiburi. E nada mais previsível que ele a acompanhasse no exílio ou o contrário. E fizesse valer de seu direito de funcionário público de pedir licença para um Pós-Doutorado fora do País. Normal, sereno, invejável. É um casal que se ama. E divide. Mas não foi assim que foi visto pela insensatez da turba ignara. Imediatamente surgiu a mentira que ela, Marcia, foi para Paris por causa da licença do marido. E ela continua sua residência nos Estados Unidos e visitando várias universidades. Como se a verdade não fosse exatamente ao contrário!

Casara é um estudioso, um brilhante ensaísta. Leiam seus livros. É direito, e não privilégio que ele complete seus estudos em outros países como fazem muitos profissionais. E mais: faz bem ao desenvolvimento das diversas ciências, inclusive das jurídicas. Se mais gente estudasse a fundo os problemas de suas áreas e produzisse conhecimento, o Brasil poderia estar em outro patamar. E não precisamos ir longe. Onde ficou, por dois anos, Laurentino Gomes? E Mary Del Priore, sempre viajando para completar suas pesquisas? Lucas Figueiredo encontrou grande parte das informações da biografia de Tiradentes em Lisboa e Paris. E nem preciso ficar fazendo ilustrações sobre a importância de se viajar.

Só não cabe a mentira vil, desgastada e destrutiva. A mentira que destrói vidas, acaba com famílias, oprime relações interpessoais. A mentira que prejudica reputações e carreiras.

Mas Rubens Casara não será prejudicado.

Já basta Marcia Tiburi ser obrigada a viver longe do Brasil, dos amigos, de sua família. Ou não? Haverá mais a ser inventado? Qual será a próxima mentira?